Depressão pode matar, mas tem tratamento!
A depressão é um transtorno mental, causado por uma complexa interacção entre factores orgânicos, psicológicos, ambientais e espirituais, caracterizado por angústia, rebaixamento do humor e pela perda de interesse, prazer e energia diante da vida.
Genes, neurotransmissores, nutrientes celulares, substâncias químicas, auto-estima, pensamentos, personalidade, crenças, reacções emocionais, conflitos inconscientes, factores sócio-culturais e ambientais, entre outros, podem predispor o indivíduo a desenvolver depressão.
Contudo, é necessário estar atento, pois há diferença entre depressão e tristeza:
- Tristeza: reacção emocional normal a várias situações desagradáveis, como ser demitido do emprego, reprovado em algum teste ou perder um parente. Após 6 a 8 semanas e sem intervenções médicas ou psicoterapia, a pessoa volta ao normal.
- Depressão: é mais intensa, angustiante, seguida por auto-desvalorização e desmotivação, que arrasta por meses ou anos e compromete a vida pessoal, social, profissional e familiar do deprimido.
Paciente e pessoas com quem convive, muitas vezes não percebem as causas da doença, por envolver conteúdos inconscientes e processos psicológicos e orgânicos complicados. É necessário o apoio especializado de médicos e psicólogos e terapeutas.
Depressão pode matar, mas tem tratamento!
Você sabia?
A depressão é a principal causa de problemas de saúde e deficiência em todo o mundo. De acordo com a OMS, mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, um aumento de mais de 18% entre 2005 e 2015.
A falta de apoio às pessoas com transtornos mentais, juntamente com o medo do estigma, dificultam o acesso ao tratamento que necessitam para viver uma vida saudável e produtiva.
A taxa de suicídios atribuída à depressão aumentou, apesar dos esforços em estabelecer e manter centros de prevenção e suicídio em todo o território nacional.
Drogas antidepressivas custam menos dinheiro que a psicoterapia, porém não funcionam para todos os pacientes deprimidos, dos quais apenas em torno de 60 a 65% respondem aos medicamentos de forma eficaz .