As sensações são tão fortes que, frequentemente, a pessoa acredita que vai morrer. Se conhecer alguém que sofra de Ataques de Pânico aqui ficam alguns conselhos para poder ajudar.
1.Perceber os sintomas
O Pânico é um medo elevado ao extremo; a sensação fisiológica de um Ataque de Pânico é tão forte que as pessoas sentem-se a perder o controlo do próprio corpo, e pensam que podem morrer com a pressão dos sintomas.
Os principais sintomas do Ataque de Pânico são:
. Palpitações, dor no peito
. Taquicardia
. Suores
. Tremores
. Boca Seca
. Sensação de despersonalização
. Entre outros…
Nota: O Ataque de Pânico pode demorar vários minutos até as sensações diminuírem de intensidade. É normal sentir-se apreensivo e ansioso ao ver uma pessoa entrar em pânico. Contudo, recorde-se que ninguém morre de Ataque de Pânico. Assim, tente apaziguar a pessoa e controlar a situação sendo paciente.
2. Ao assistir a pessoa com Ataques de Pânico
.Pergunte à pessoa em pânico se ela sabe o que está a acontecer. Se ela souber vai referir-lhe que está a ter um Ataque de Pânico. Se não souber, procure assistência médica de urgência. Recorde-se que os sintomas de um Ataque de Pânico são muito semelhantes aos de um enfarte.
.Procure assistência médica sempre que exista uma dúvida sobre o estado da pessoa.
.Tente reduzir a quantidade de Ansiedade na situação que está a ser experienciada.
.Não vá contra a vontade da pessoa: se ela achar que o melhor é ir para o hospital, ajude-a.
.Fique com a pessoa e mantenha a calma.
.Evite frases como: “acalma-te” ou “não tens que ter medo” ou “o que se passa contigo?”. .Diga antes: "Está tudo bem, é só um Ataque de Ansiedade que já vai passar", "as sensações são fortes mas não prejudicam o teu corpo", "Já te aconteceu outras vezes e passou rapidamente, esta também vai passar".
3. Tente encontrar a causa do Ataque de Pânico
.Fale com a pessoa num tom calmo e seguro;
.Pergunte o que lhe está a incomodar;
Afaste-a das experiências que a perturbam, como sair do sitio onde está, evitar o que lhe for perturbador;
Não desvalorize os medos ou receios;
Motive a pessoa a tentar recuperar uma respiração lenta e profunda;
Seja paciente (espere que o ataque passe - em média, entre 5 a 15 minutos.
4. Procure Ajuda
Aconselhe a pessoa a fazer psicoterapia, fazendo-a entender que não se trata de uma doença irreversível mas sim de um estado que se consegue alterar.
Texto de Cécile Domingues, Diretora da Clínica da Mente